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Os Caçadores da Moeda Perdida

Contando Causos

Os Caçadores da Moeda Perdida


Em meados de 1945, Laurindo e Antônio eram dois amigos inseparáveis que passavam suas tardes ensolaradas em um pacato vilarejo na cidade de Marília/SP. Armados com uma peneira velha e muita determinação, os garotos iam diariamente até a frente da venda do italiano Genaro, que também funcionava como bar. Ali, peneiravam a areia das margens da estrada de terra em busca de moedas perdidas pelos clientes desatentos.

Era comum saírem de sua caça com várias moedas de réis, uma vez que muitos dos frequentadores da venda do Genaro, saíam dali alcoolizados, mais pra lá do que pra cá, com o troco em moedas nas mãos. O tropeço nos degraus da venda era certo... E lá iam as moedas para a areia da beira da estrada.

Um dia, após uma caça bem-sucedida, os amigos mal podiam conter a alegria ao encontrar várias moedas brilhantes na peneira. Já sonhavam com os doces que comprariam quando, de repente, Genaro, o italiano dono da venda, apareceu com uma expressão severa.

— Essas moedas são minhas! — disse ele, pegando todas as moedas que os meninos tinham encontrado. — Caíram dos bolsos dos meus clientes, então pertencem a mim.

Laurindo e Antônio ficaram desolados, mas a tristeza logo deu lugar à revolta. Como poderiam aceitar tal injustiça? Decidiram, então, planejar uma vingança. Depois de uma breve discussão, tiveram uma ideia que achavam genial.

Na noite seguinte, enquanto Genaro fechava a venda e ia para casa, os garotos se esgueiraram até o alpendre da venda. Ali, empilhados junto à porta, estavam os sacos de sal que Genaro vendia.

— Vamos nessa! — sussurrou Laurindo, segurando a risada. — Já tô apertado! — respondeu Antônio, rindo baixinho.

E assim, os dois amigos se vingaram, fazendo xixi em várias sacarias de sal. O plano deles funcionou melhor do que poderiam imaginar. Nos dias seguintes, os clientes reclamavam do gosto estranho no sal, e Genaro teve que descartar toda a mercadoria.

Embora nunca soubessem o que realmente aconteceu, Laurindo e Antônio sabiam que a justiça havia sido feita, e continuaram suas aventuras, sempre com uma boa história para contar.


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